A Coreia do Sul retomou sua importação de petróleo iraniano depois de interrompê-la em julho devido às sanções ocidentais impostas contra o programa nuclear do país do presidente Mahmoud Ahmadinejad, informaram nesta sexta-feira (5) representantes de duas refinarias sul-coreanas.
A SK Energy, o braço de refino na SK Innovation, recebeu um carregamento de 2 milhões de barris de um petroleiro do Irã no início desta semana, informou o representante da empresa, que pediu para não ser identificado. Ele não confirmou quando o próximo carregamento será enviado.
Uma outra refinadora, a Hyundai Oilbank, espera receber um carregamento de 2 milhões de barris neste mês, talvez dentro das próximas duas semanas, informou um oficial da companhia, que também preferiu ficar anônimo. O próximo carregamento poderá chegar um mês depois, informou a fonte.
A SK Energy e Hyundai Oilbank importavam petróleo do Irã até que as sanções europeias contra as exportações de petróleo do país efetivamente cortaram o acesso ao seguro sobre os carregamentos de petróleo iraniano. As sanções entraram em vigor em 1º de julho. Essas refinarias optaram pela retomada das importações de petróleo do país depois que o próprio Irã ofereceu garantia aos carregamentos.
Antes da interrupção, as refinarias reduziram suas importações de petróleo iraniano no início do ano, em um esforço para obter uma exceção dos EUA sobre as sanções impostas contra as exportações de petróleo de Teerã. Os Estados Unidos garantiram à Coreia do Sul uma exceção em junho. A exceção é válida por 180 dias, e pode ser estendida se a Coreia do Sul demonstrar uma significativa redução em suas importações de petróleo do Irã.
Antes das sanções, a Coreia do Sul importava cerca de 10% do petróleo de que necessitava do Irã, que declinou para 7,4% nos primeiros seis meses do ano, para 34.510 milhões de barris. Dados divulgados em agosto mostraram que 4.259 milhões de barris de petróleo iraniano foram importados em julho, em grande parte devido a processos aduaneiros em atraso. Os números caíram a zero em agosto. As informações são da Dow Jones.
