A Fitch afirmou nesta terça-feira (2) que as alegações de escândalos de corrupção na Petrobras podem afetar a qualidade de crédito da companhia, por afetar o aumento da produção, o acesso a mercados de capitais de dívida e multas.
Em relatório, a agência de classificação de risco considerou que a qualidade do crédito da empresa é sensível ao crescimento de produção para reforçar a geração de fluxo de caixa e reduzir a alavancagem enquanto o acesso ao mercado de capitais também é fundamental a médio prazo, dada a necessidade dele para financiar investimentos e refinanciar dívida.
"Acreditamos que o crescimento da produção é necessário para manter a classificação atual", afirmou a Fitch, alegando que a nota atribuída à Petrobras considera que a produção crescerá para 3,5 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2018, ante os atuais 2,78 milhões de barris e abaixo de 3,9 milhões de barris previstos pela alvo da empresa para 2018.
O aumento da produção envolve a incorporação de 37 novas unidades de produção entre 2013 e 2018. Segundo a Fitch, os ratings incorporam um atraso de seis meses nas futuras unidades de produção e um atraso médio de 12 a 18 meses poderia resultar em uma ação de rating negativa.
O relatório também aponta a necessidade da companhia por financiamentos é rígida no curto prazo e pressionará ratings da Petrobras se a geração de fluxo de caixa não melhorar.