O curitibano tradicionalmente quer ficar próximo da praia durante as férias, mas o avanço do crédito no setor turístico está permitindo a diversificação de mares para visitar. "Antigamente, quando financiar viagens era mais caro, eu ia apenas para o apartamento da família, em Barra Velha", diz a professora aposentada da UTFPR Regina Zaleski.
Neste ano, pelo segundo verão consecutivo, ela investiu em uma viagem com a família para conhecer outras praias o programa escolhido foi um cruzeiro de sete noites, na costa brasileira, passando por Búzios, Ilhéus, Salvador e Maceió. O preço atrativo pelo pacote completo, que inclui as refeições a bordo, foi decisivo para aproveitar as festas de fim de ano embarcada em um navio: doze prestações mensais de R$ 180. "Comecei a pagar em outubro e vou até setembro", conta, ressaltando que cada membro da família pagará a sua parte.
No ano passado, Regina também parcelou a viagem em dez vezes, mas como o destino era mais caro, inclusive na parte de alimentação, ela acabou as férias comprometendo mais renda do que pretendia. "Em Fernando de Noronha, todas as despesas eram pagas por fora, acabou ficando caro. Este ano eu não queria repetir isso, e acho o pacote saiu em conta", avalia.
Mesmo com a aposentadoria, Regina se mantém ativa como professora de música. "Mas se não fosse o financiamento, não teria como viajar. A gente tenta economizar para juntar dinheiro durante o ano, mas raramente é possível, tanto que o décimo terceiro vai inteiro para pagar as contas antigas", conta.O único empecilho da viagem é que, este ano, a família não vai viajar unida: quatro pessoas embarcam no cruzeiro, enquanto outros três filhos vão ao Peru, praticar surfe e conhecer as ruínas da cidadela inca de Machu Picchu. Assim como a mãe, os irmãos também vão parcelar o pacote turístico em prestações mensais. "Depois das viagens a gente se encontra novamente em Barra Velha."