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O crédito total no Brasil aumentou em setembro, enquanto a taxa de inadimplência caiu para o menor nível desde janeiro do ano passado, segundo dados divulgados pelo Banco Central nesta terça-feira.

O crescimento do estoque total de crédito disponibilizado pelo sistema financeiro, incluindo recursos livres e direcionados, foi de 1,8 por cento, para 1,6 trilhão de reais.

A relação entre crédito e o Produto Interno Bruto (PIB) subiu para 46,7 por cento, ante 46,2 por cento em agosto.

O crédito "cresce numa taxa bastante razoável ainda, 1,8 por cento eu diria que é uma taxa razoável e vem em linha com a própria dinâmica da economia", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.

"Como alguns indicadores apontam, o terceiro trimestre mostra uma certa estabilidade no nível da atividade e o crédito não poderia ser diferente. Então, essa dinâmica do crédito reflete em parte a própria dinâmica da atividade econômica."

A inadimplência caiu para 4,7 por cento, ante 4,8 por cento em agosto.

A taxa média de juros cobrada pelos bancos passou a 35,1 por cento ao ano em setembro, frente a 35,2 por cento em agosto.

No caso das pessoas físicas, o juro subiu a 29,0 por cento, ante 28,9 por cento no mês anterior. Para as empresas, a taxa recuou a 39,4 por cento, ante 39,9 por cento antes.

Nas operações de crédito a pessoas físicas, destacou-se a expansão dos financiamentos para aquisição de veículos. Já as operações destinadas ao segmento empresarial intensificaram o ritmo de expansão pelas perspectivas favoráveis quanto às vendas de fim de ano, segundo o BC.

PERSPECTIVAS

"Para o final de ano se tem uma demanda mais forte por credito, uma demanda sazonal, principalmente por parte das empresas para a movimentação da atividade de final de ano, e também das famílias que buscam num primeiro momento liquidar compromissos anteriores... e voltam ao mercado de crédito para sustentar as atividades de final do ano", acrescentou Lopes.

"Então, para esses meses à frente --outubro, novembro-- a expectativa é de que você tenha uma taxa de crescimento nominal não dessazonalizada um pouco mais elevada, isso é natural."

O spread médio --que mede a diferença entre a taxa de captação dos bancos e a cobrada dos clientes-- caiu a 24,1 pontos percentuais em setembro, ante 24,3 pontos em agosto.

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