O calote argentino foi um dos principais componentes para um dia considerado ruim nos mercados brasileiros. Na quinta-feira, 31 de julho, o dólar fechou em alta pelo terceiro dia seguido, de 0 98%, atingindo a cotação de R$ 2,27. É a maior cotação desde 4 de junho. A Bolsa de Valores de São Paulo, por sua vez, fechou em queda pela quinta sessão seguida: o Ibovespa recuou 1,84%, atingindo 55.829 pontos.
No caso do dólar, vários fatores influenciaram na alta da cotação. Além da Argentina, o mercado também se pautou pela reavaliação do comunicado de quarta-feira, 30, do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
Se, por um lado, a instituição havia sinalizado manutenção dos juros em patamares baixos por um "tempo considerável", por outro ela citou a menor probabilidade de a inflação no país ficar abaixo de 2%. Ao mesmo tempo, os dados mais recentes da economia americana são bons, o que, na visão de parte do mercado, eleva as chances de o Fed subir juros antes de meados de 2015.
No caso específico da Argentina, de acordo com profissionais ouvidos pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, o calote não teve um efeito imediato tão forte na taxa de câmbio, mas foi mais um fator para ajudar na alta da cotação. Tudo porque existe a expectativa de que os problemas argentinos prejudiquem as exportações do Brasil para o vizinho, o que impactaria a balança comercial.
Um outro fato que pesou no câmbio foi a crise no Banco Espírito Santo (BES), de Portugal. O banco anunciou, na quarta-feira, 30, um prejuízo de 3,488 bilhões no segundo trimestre deste ano. Além disso, ficou oficializado que a instituição precisa de reforço de capital para continuar com as portas abertas.
Bolsa
Já no caso da Bovespa, segundo analistas, a crise argentina teve um impacto mais direto. Para Pedro Galdi, da corretora SLW, o default argentino contamina todos os emergentes e o Brasil, principalmente, diante do seu comércio com o país vizinho, especificamente o de automóveis.
Analistas ouvidos pelo Broadcast corroboram essa avaliação de efeito negativo sobre a corrente comercial do país com o Brasil, uma vez que não está descartada a possibilidade de o país adotar novas medidas para tentar conter a saída de dólares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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