A crise da dívida na Grécia empurrou o dólar a 1,60 real nesta quarta-feira, em um pregão com volume robusto.
A moeda norte-americana subiu 1,14%, a R$ 1,600 para venda, no maior nível desde 27 de maio.
O volume do contrato mais líquido de dólar futuro estava próximo a 400 mil contratos a uma hora e meia do fechamento do pregão na BM&FBovespa. Mesmo parcial, já era o maior giro financeiro em duas semanas.
O primeiro-ministro da Grécia se dispôs a renunciar e abrir caminho para um governo de unidade nacional após protestos violentos contra o novo plano de austeridade fiscal nesta quarta-feira. O país beira a moratória da dívida pública e aguarda por uma extensão da ajuda financeira internacional, ainda não definida.
As notícias vindas da Grécia preocuparam os investidores, que correram para investimentos mais seguros como os títulos da dívida norte-americana. Em relação a uma cesta com as principais divisas, o dólar avançava 1,7 por cento às 16h30. O euro era o mais impactado, com a maior queda desde agosto de 2010.
O mercado brasileiro já vinha afetado por uma oferta menos abundante de dólares. O fluxo cambial em junho até o dia 10, segundo dados publicados pelo Banco Central nesta quarta-feira, estava negativo em 2,9 bilhões de dólares.
De acordo com o operador de um dos principais bancos de investimento do Brasil, o número negativo já era esperado em meio ao quadro global de incerteza e também à proximidade do fim do semestre, que intensifica o ajuste nas carteiras.
Diego Donadio, estrategista de câmbio e juros para a América Latina do BNP Paribas, também associou o dado à intervenção mais branda do Banco Central no mercado nos últimos dias. Desde o dia 6, a autoridade monetária somente tem realizado um leilão de compra de dólares à vista.
"Esperamos que essa postura se mantenha até que haja uma reversão nos fluxos de dólares, o que pode acontecer se o ingresso esperado por emissões corporativas se confirmar até o final de junho", afirmou em relatório.
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