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A crise financeira no Chipre não terá nenhum impacto imediato no Brasil, garantiu nesta terça-feira (26) o ministro da fazenda, Guido Mantega, que está em Durban, na África do Sul, para a Cúpula dos Brics. "A crise no Chipre não tem nenhuma implicação direta no Brasil, nenhum efeito direto", disse Mantega.

O Chipre conseguiu fechar no domingo um acordo para ter acesso a um resgate de 10 bilhões de euros e garantir sua permanência na zona do euro. O país elaborou um plano para levantar internamente cerca de 6 bilhões como contrapartida pelo aporte internacional.

A medida impôs severas perdas a investidores com depósitos de mais de 100 mil euros nos bancos do país, entre os quais a maioria de russos que viam o país como um paraíso fiscal.

Uma declaração feita ontem pelo presidente do Eurogrupo, o holandês Jeron Dijsselbloem, sobre a medida causou agitação nos mercados financeiros por todo mundo. Segundo ele, tirar o risco do setor financeiro e colocá-lo no setor público não era solução.

Embora o Chipre seja pouco representativo na economia da zona do euro -menos de 1% do total do bloco- uma ruptura do sistema bancário e a saída do bloco poderiam desencadear uma crise de confiança com risco de contágio para países europeus fragilizados e todo o mundo.

"[a crise] não piora situação europeia, que já não estava boa do ponto de vista das finanças e do crédito; ela mostra que os europeus ainda não conseguiram equacionar todos seus problemas. Se um país pequeno como Chipre consegue abalar a confiança dos mercados, talvez pela forma pela qual foi feita a intervenção no país, isso realmente traz preocupação."

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