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Recessão

Crise no consumo fecha 7,2 mil lojas no Paraná em um ano

Loja de calçados fechada no Hauer, em Curitiba: unidade foi transferida para o Osternack. | Henry Milleo/Gazeta
Loja de calçados fechada no Hauer, em Curitiba: unidade foi transferida para o Osternack. (Foto: Henry Milleo/Gazeta)

O Paraná registrou queda de 12,4% no número de estabelecimentos comerciais com vínculo empregatício no Brasil nos doze meses encerrados em outubro em relação ao mesmo período do ano anterior. O índice é o maior entre as 27 unidades da federação, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

Em termos absolutos, o Paraná ficou em terceiro no ranking de fechamento líquido de lojas da CNC, com perda de 7,2 mil estabelecimentos, atrás de São Paulo (-21,6) e Minas Gerais (-9,5 mil). Atualmente, os estabelecimentos com vínculos empregatícios respondem por 43% do total de lojas no varejo brasileiro. Apenas quatro estados registraram mais aberturas na média dos últimos 12 meses: Roraima, Tocantins Amazonas e Paraíba.

Em todo o país, segundo a confederação do comércio, houve queda de 9,1% no número de lojas com vínculo empregatício no período pesquisado – desempenho inédito em mais de uma década desse indicador, historicamente associado ao comportamento das vendas.

Segundo a CNC, o fechamento de pontos comerciais é resultado da deterioração das condições de consumo, caracterizada por inflação e juros elevados, além da baixa nos níveis de confiança de empresários e consumidores. O volume de vendas nos últimos 12 meses até setembro, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, caiu 0,4% no Paraná e 2,1% no país. De janeiro a setembro, a queda acumulada chega a 1,2% e 3,3%, respectivamente.

Todos os dez segmentos do varejo registraram quedas no número de lojas. De acordo com os dados da confederação, a crise se manifesta mais claramente sobre ramos mais dependentes das condições de crédito, como informática e comunicação (-14,4%), materiais de construção (-14,3%), veículos e peças (-11,9%) e móveis e eletrodomésticos (-11,7%).

O varejo brasileiro perdeu 64,5 mil estabelecimentos comerciais no período. O segmento de hiper e supermercados, responsável por 32,6% das lojas em operação, liderou a queda no país com a extinção de 15,5 mil pontos de vendas. Em seguida vieram, os segmentos de vestuário (-9,7 mil) e de materiais de construção (-9,5 mil).

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