O presidente de Cuba, Raúl Castro, anunciou um conjunto de medidas para conter os gastos públicos e aumentar a eficiência da fragilizada economia da ilha. A quatro dias da celebração dos 50 anos da Revolução Cubana, Raúl e os ministros da área econômica fizeram um retrato sombrio da situação do país, asfixiado por um déficit público de 6,7% e pelos prejuízos de US$ 10 bilhões (20% do PIB cubano) causados pela passagem de três furacões neste ano.
Em sua última sessão do ano, presidida por Raúl, o Parlamento aprovou no sábado (27) o aumento de cinco anos da idade mínima para a aposentadoria, que passou de 60 para 65 anos entre os homens e de 55 para 60 entre as mulheres. A nova lei de seguridade social também exige um mínimo de 30 anos de serviço. Raúl anunciou o corte de 50% dos gastos com viagens oficiais para o exterior e o fim de um abono de férias para dirigentes e funcionários que se destacaram no ano, que custa US$ 60 milhões aos cofres públicos.
O presidente propôs ainda a criação de um órgão controlador dos gastos do governo, subordinado diretamente ao Conselho de Estado instância máxima do Executivo, por ele presidida. A medida deve ser aprovada na próxima sessão do Parlamento, em meados do ano que vem. Raúl, de 77 anos, conhecido por sua visão mais pragmática da economia que o seu irmão Fidel - que lhe entregou o cargo formalmente em fevereiro -, criticou a falta de controle dos gastos públicos, a improdutividade e a ineficiência.
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