Cuba e China fortaleceram sua aliança política e econômica ontem firmando dez novos acordos de cooperação. Com isso, Havana consegue um necessário apoio financeiro para implementar seu plano de reformas econômicas. Os documentos foram assinados pelo presidente cubano, Raúl Castro, e pelo vice-presidente chinês, Xi Jinping.
Os acordos "refletem o desejo político dos dois partidos e dos governos de continuar a aprofundar seus laços", afirmou um anúncio oficial cubano sobre o tema. Foi fechada uma nova linha de crédito para Cuba e a reestruturação de duas outras. Também haverá uma doação e um empréstimo que serão usados para modernizar o sistema público de saúde cubano. Não foi revelado o montante envolvido.
A China também ajudará a modernizar a refinaria de petróleo na cidade de Cienfuegos, no sudeste do país, e construirá uma nova usina de gás liquefeito e melhorará o porto da cidade. Xi chegou a Havana vindo da Itália, no sábado. Ele ainda passará por Uruguai e Chile em seu giro pela América.
Durante o encontro, Xi e Castro notaram o "excelente estado das relações bilaterais e comentaram suas visões sobre a situação pelo mundo", segundo o governo cubano. Xi foi a primeira graduada autoridade chinesa a visitar o país desde que o Congresso do Partido Comunista Cubano, em abril, que aprovou um pacote com mais de 300 reformas para tornar a centralizada economia cubana mais eficiente.
O vice-presidente chinês elogiou as reformas, dizendo que o congresso "determinou o curso do futuro desenvolvimento do país" e lançou as bases para "futuros sucessos no processo da construção do socialismo".
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