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planos de saúde

Custo da saúde privada deve subir 20% em 2016

Atualmente, as empresas que oferecem assistência saúde gastam o equivalente a 11,5% da folha de pagamento para sustentá-la. | Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo
Atualmente, as empresas que oferecem assistência saúde gastam o equivalente a 11,5% da folha de pagamento para sustentá-la. (Foto: Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo)

O custo da saúde privada deve pressionar ainda mais o custo da saúde pública no país. Ano passado, a inflação médica bateu em 19,5%, quase o dobro dos 10,71% medido pelo IPCA, que determina a inflação geral do país. Foi a maior variação desde 2007. Para este ano, a previsão é similar: 20% de inflação médica, quase o triplo do IPCA projetado.

O resultado é um efeito em cadeia sobre empresas e usuários. As operadoras de planos de saúde precisam fazer esforços de redução de gastos, as empresas que as contratam buscam renegociar as condições e os beneficiários têm de arcar com uma fatia maior desse custo.

Nos últimos quatro anos, o custo médio mensal per capita de planos de saúde empresarial saltou 42%, de R$ 158,42 para R$ 225,23. Atualmente, as empresas que oferecem assistência saúde gastam o equivalente a 11,5% da folha de pagamento para sustentá-la. Como o percentual tende a crescer, muitas companhias têm buscado formas de reduzir esse gasto. As principais soluções têm sido a negociação de contratos, que inclui a busca de planos mais em conta, e o aumento do compartilhamento das despesas com os funcionário, que pagarão mais em coparticipação. Em outra frente, as empresas começam a investir em iniciativas de saúde preventiva.

“As empresas chegaram no limite da economia, então a bola da vez são os programas de gestão de saúde”, diz Francisco Bruno, consultor da área de saúde corporativa da consultoria Mercer Marsh Benefícios. Segundo ele, atualmente, apenas 20% das empresas adotam programas com foco na prevenção e manutenção da saúde dos funcionários.

Outro efeito da alta dos custos é que os planos individuais e familiares, com preços regulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, estão sumindo do mercado. Nesses planos, o reajuste tem ficado abaixo da inflação médica, tirando o interesse de quem os oferece. “Muitas operadoras nem têm oferecido planos individuais. Elas constatam que estão tendo prejuízos nesta carteira e em uma atitude racional deixam de oferecer o produto”, relata Antônio Carlos Abbatepaolo, diretor executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde.

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