Metalúrgicos, bancários, petroleiros, portuários e trabalhadores representados por sindicatos filiados a CUT, Conlutas, CTB, Nova Central e Intersindical prometem manifestações nesta quarta-feira (15) em 24 capitais do país contra o projeto de lei que amplia e regulamenta a terceirização no país.

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Em Curitiba, os manifestantes, liderados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), vão se reunir na Praça Santos Andrade, por volta de 11h30, e marchar até a Boca Maldita. A manifestação deve terminar às 14h.

Paralisações parciais devem ocorrer em quatro montadoras do ABC – Ford, Mercedes-Benz, Scania e Volkswagen a partir da entrada do primeiro turno, por volta de 6h30 – e em fábricas de São José dos Campos e cidades do interior de SP.

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Rodovias paulistas podem ser alvo de passeatas de trabalhadores urbanos e rurais, ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), segundo apurou a reportagem.

Chamado de “Dia Nacional de Paralisação”, o protesto foi convocado pela CUT e tem adesão de movimentos populares e do campo.

“A realidade da terceirização não é a da modernidade. Ao contrário, ela destrói as condições de trabalho”, disse Moisés Selerges, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. “Hoje, a terceirização visa a obtenção de lucros. Por isso, empresários querem terceirizar até a alma, como prevê o PL 4.330.”

Protestos em SP

Em São Paulo, a concentração está prevista para ocorrer às 15h em frente à sede da Fiesp, federação que representa as indústrias de São Paulo, na avenida Paulista.

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Segundo dirigentes da CUT, bonecos que representam políticos que estão “trabalhando” para aprovar o projeto serão queimados durante a manifestação.

Devem participar do protesto militantes ligados a movimentos por moradia – como a CMP (Central dos Movimentos Populares) – que farão uma caminhada até a sede da Caixa, em São Paulo.

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No largo da Batata, manifestantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e outros movimentos sociais devem vir em passeata e se juntar ao ato na Paulista.

Adesão

De acordo com Eduardo Guterra, presidente da Federação Nacional dos Portuários e dirigente da CUT, os trabalhadores dos portos de Santos (SP), Rio (RJ), Vitória (ES), Salvador (BA), Recife (PE), Rio Grande (RS) e Belém (PA) decidiram que devem fazer operação padrão e atos públicos em frente às empresas portuárias para marcar o dia de protesto.

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Segundo José Maria de Almeida, integrante da coordenação do Conlutas, além dos metalúrgicos do interior paulista, representados pela central, operários da construção civil de Fortaleza e Belém e motoristas de ônibus do Ceará também devem aderir aos protestos desta quarta-feira.

Entre os petroleiros, pode haver paralisação na refinaria de Paulínia (SP).

Motivos

As centrais e movimentos populares entendem que, com a aprovação do projeto de lei, o trabalhador contratado diretamente por uma empresa poderá ser demitido para que um terceirizado seja contratado, “com diminuição de salários, de direitos e aumento da jornada de trabalho”.

Já as entidades empresariais e defensores do projeto informam que haverá mais segurança jurídica para as empresas contratarem e maior proteção social aos terceirizados.

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O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirmou que o projeto “não traz benefícios nem para a economia brasileira nem para os trabalhadores”.

De acordo com o sindicalista, “ele garante única e exclusivamente tranquilidade jurídica porque o projeto impede ações na Justiça e muito mais lucros para os empresários”.