A demanda por etanol hidratado em junho caiu ao menor nível do ano, apesar da Copa do Mundo de futebol, que levou a um maior deslocamento aéreo e sobretudo rodoviário no País. O mês concentrou a maioria dos jogos. Dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) mostram que foram comercializados pelas associadas 565,13 milhões de litros, volume 3,7% menor ante os 586,7 milhões de litros vendidos em maio. Em 2014, o pico de vendas foi observado em janeiro, com 695,2 milhões de litros.
Na comparação com junho de 2013, o volume comercializado foi 1 5% maior, mas esse avanço é resultado, em parte, do aumento da frota de veículos. O diretor de mercado do Sindicom, Cesar Guimarães, disse, em nota, que "o mês de junho, além da Copa, foi um mês menor, ou seja, com menos dias úteis devido ao feriado (de Corpus Christi)". Para ele, houve retração também nas vendas de gasolina (7%) e de diesel (9%), ante maio. "Outros setores do varejo, não apenas postos, além do setor produtivo, também perderam faturamento, ao passo que os setores que envolviam o turismo tiveram crescimento", acrescentou no comunicado.
O Sindicom trabalha com dados mensais e, por isso, ainda não tem o balanço de julho, mês que também contou com partidas da Copa do Mundo.
O recuo nas vendas em junho ocorreu justamente em um momento de produção em alta. Ajudadas pelo clima favorável aos trabalhos de campo, as unidades produtoras do Centro-Sul do Brasil produziram 24,6% mais hidratado em junho em relação a igual mês do ano passado, de acordo com a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica). Foram 1,96 bilhão de litros agora contra 1,57 bilhão de litros há um ano.
No acumulado da safra 2014/15, iniciada em abril, a produção do biocombustível também é superior, em 3,5%, com 4,86 bilhões de litros. O Centro-Sul é a principal região produtora de cana e de etanol do País, respondendo por mais de 90% da fabricação nacional do biocombustível.
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