O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 0,6% no terceiro trimestre deste ano em relação ao segundo trimestre surpreendeu negativamente os analistas de mercado.
A expectativa era de que o PIB crescesse entre 0,9% e 1,3% nesse período - o dobro do registrado.
O resultado foi "decepcionante" na avaliação de Miguel Oliveira, vice-presidente da Associação dos Executivos de Finanças (Anefac).
"Esperávamos um resultado maior devido aos incentivos governamentais para crescimento da economia, como redução do IPI, desoneração da folha de pagamento e valorização do câmbio", justifica.
Para Juan Jensen, sócio da Tendências Consultoria Integrada, o crescimento de 0,6% do PIB foi "muito além do esperado"."Não esperávamos que o baixo desempenho do setor de serviços impactasse tanto o PIB", diz.
E no quarto trimestre, calcula, o resultado deve ser ainda mais baixo, descontando a sazonalidade do período de fim de ano.
"Os benefícios fiscais que deveriam ter alavancado o resultado no último trimestre não terão tanta força no próximo", prevê ele, que espera um crescimento anual do PIB abaixo de 1%, em relação a 2011.