O presidente norte-americano, Barack Obama, enfrenta pressão para encontrar novas maneiras de incentivar a criação de empregos e o crescimento econômico, depois que o pacote de estímulo começar a ser reduzido e que o Federal Reserve retirar seus programas de empréstimo emergencial e compras de ativos. Relatório do Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, divulgado ontem, mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram para 444 mil na semana passada, acima dos 437 mil pedidos estimados por analistas.
Os altos níveis de desemprego continuam sendo o pior obstáculo à recuperação da pior depressão econômica desde os anos 1930. A preocupação com o emprego deve restringir os gastos do consumidor, que normalmente representam mais de dois terços da atividade econômica.
A preocupação com uma recuperação lenta ocorre porque o consumo está demorando a reagir. O Departamento de Comércio informou que as vendas no varejo caíram 0,3% no mês passado em relação a novembro, o primeiro declínio em três meses. Segundo o levantamento, os consumidores gastaram menos em automóveis e em uma série de outros produtos durante a temporada de compras de fim de ano.
As vendas em geral subiram 5,4% em relação a dezembro de 2008, mas caíram 6,2% em 2009 como um todo. Os mercados financeiros esperavam que as vendas no varejo avançassem 0,5% em dezembro.
"Os consumidores poderão assumir o papel do governo e repor a demanda que foi tão incentivada com o estímulo do governo? Se o consumidor não puder fazer isso, haverá riscos significativos à recuperação global", disse Boris Schlossberg, diretor de pesquisa do GFT Forex, em Nova York.
Melhoras
Apesar desses dados negativos, o mercado de trabalho está mostrando alguns sinais de melhora. A média quadrissemanal dos pedidos de auxílio-desemprego, que exclui as variações semanais, caiu pela 19ª semana consecutiva, para 440.750 esse foi o nível mais baixo em quase um ano e meio.