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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (11) que a inflação no país, que no mês passado superou as previsões de alta, é momentânea e sofre a influência de fatores climáticos.

"Nós mantemos um olho no controle da inflação. Mesmo quando ocorre devido à seca no Sudeste, à chuva torrencial no Norte e à seca no Nordeste [...] em alguns produtos alimentares. Isso é momentâneo. Enquanto alguns produtos sobem outros caem", afirmou Dilma, em cerimônia de inauguração de sistema de esgotamento sanitário em Porto Alegre.

As afirmações ocorrem na semana em que vieram a público os últimos números do IPCA, índice de inflação que é referência para as metas do Banco Central. O índice ficou em 0,92% em março, maior taxa para o mês desde 2003 e acima de previsões que já eram pessimistas.

O indicador acumulado em 12 meses se aproximou mais do teto da meta do governo (6,5%) e fechou março em 6,15%.

A disparada no preço dos alimentos contribuiu para o índice, respondendo por mais da metade da alta da inflação em março. O aumento nessa categoria foi de 1,92%, maior desde janeiro de 2013.

Crise

A presidente voltou a defender as medidas de sua gestão diante da retração econômica mundial. Afirmou que jamais enfrentou a crise "à custa do trabalhador ou do empreendedor". "Reduzimos, sim, impostos, principalmente sobre a folha de pagamento. Era uma forma de melhorar a produtividade do trabalho. [] Reduzimos sim, e era necessário. Fizemos políticas de sustentação do investimento sim. Fizemos políticas da expansão da infraestrutura sim. [] Montar estrutura de investimento em infraestrutura é condição indispensável", disse.

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