O Brasil teve de lutar neste fim de semana na Itália contra as tentativas dos países europeus de incluir os biocombustíveis como um dos fatores que contribuiu para a alta nos preços dos alimentos no mundo entre 2007 e 2008, agravando a fome no planeta.
Ao chegar em Treviso, a declaração que se negociava fazia referência ao etanol. A diplomacia brasileira, então, foi acionada para "descriminalizar" o biocombustível.
Nos últimos meses, parte dos países ricos passou a incluir o etanol como o responsável pela alta de mais de 100% nos preços dos alimentos no planeta. O argumento do Brasil é de que a produção de etanol no país continuou a crescer nos últimos meses, enquanto os preços das commodities sofreram uma queda por causa da recessão. Portanto, o culpado não seria o etanol nacional.
Outro argumento é de que não era o etanol a partir da cana-de-açúcar que criou o problema, mas sim o etanol de milho, produzido nos Estados Unidos.
Durante o encontro, o Brasil ainda pediu para que os países ricos recolocassem a agricultura no centro das políticas de desenvolvimento.