O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo, relativizou nesta sexta-feira (7) a avaliação da agência de classificação de risco Standard & Poor's, que ontem fez críticas aos fundamentos da gestão da economia do Brasil.
A Standard & Poor's falou em "perda de credibilidade do governo" e indicou pela primeira vez, desde 2008, um possível rebaixamento da nota do país.
Para Araújo, é preciso levar em conta também a avaliação das outras agências.
"Das três principais [agências], em uma delas o 'outlook' [panorama] está estável e na outra é positivo. Nenhum indicador conta a história inteira, você tem que olhar para a floresta e ver o conjunto de informações disponível." Em Porto Alegre, o diretor participou hoje da divulgação do boletim regional do BC.
O diretor afirmou ainda que o impacto da crítica da Standard & Poor's sobre investidores e empresas é incerto. "É difícil dimensionar. Até mesmo porque não houve um 'downgrade' [redução], a nota do Brasil não foi rebaixada. A agência apenas sinalizou que isso pode acontecer."
Na manhã desta sexta, na abertura dos negócios após a divulgação da avaliação da agência, o dólar subiu.
Para Araújo, críticas do tipo "fazem parte do trabalho das agências" e é preciso respeitar as posições.
Questionado a respeito das perspectivas da inflação, ele citou a última ata do Copom (Comitê de Política Monetária) que afirmou que há tendência de elevação para os próximos 12 meses.
Sobre novas elevações dos juros, disse apenas que a última ata está "bem escrita".
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