Com o fracasso nas negociações, o desfecho da greve dos Correios será mesmo definido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). O Julgamento do órgão será na próxima terça-feira (8), três semanas após o início da paralisação no setor.
Para voltar ao trabalho, os trabalhadores pedem aumento real de 15% sobre os salários, reposição da inflação de 7,13%, aumento linear de R$ 200, reposição de 20% de perdas salariais e jornada de seis horas diárias para os atendentes.
A proposta dos Correios é reajuste de 8%, reposição salarial de 6,27%, ganho real de 1,7%, vale extra de R$ 650,65 e vale-cultura. De acordo com a empresa, os trabalhadores têm benefícios médico-hospitalares e odontológicos pagos pela empresa.
Na sessão, deverá haver decisão sobre o fim ou a continuação da greve, a aceitação ou a rejeição das exigências salariais e de benefícios, e sobre a compensação dos dias parados. A decisão do tribunal não é terminativa e as partes podem entrar com recurso para submissão do tema a nova avaliação do TST.
Paraná
Nesta sexta-feira (4), o volume de objetos postais com entrega em atraso dos Correios do Paraná voltou a atingir o recorde: segundo a empresa, 1,37 milhão de encomendas estão acumuladas. Na quinta-feira (3), a quantidade era de 1,27 milhão nesta quinta-feira (3) um pouco menos do que, em média, é entregue durante um dia normal no estado (1,5 milhão). As informações foram repassadas pelos Correios.
Para reverter os atrasos, ocorre neste sábado (5) e domingo (6), pelo terceiro fim de semana seguido, um mutirão de entregas em todo o estado.
Nesta sexta, a estimativa dos Correios é de que 91% dos trabalhadores estejam trabalhando normalmente - ou seja, 9% dos trabalhadores teriam aderido ao movimento. Já o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR) diz que 60% dos trabalhadores da área operacional estão parados.
"Não tivemos diminuição da adesão. Quem está parado pretende continuar, porque não vale a pena voltar sem uma definição. Vamos continuar até que saia algum resultado", declarou o secretário do sindicato Santino Sebastião da Silva.
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