A dívida pública federal atingiu R$1,92 trilhão em maio, um aumento de 2,2%, ou R$ 42 bilhões, na comparação com o mês anterior. Em abril, ela somava R$ 1,88 trilhão, de acordo com dados da Secretaria do Tesouro Nacional divulgados nesta segunda-feira (25).

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Nas contas do governo, o rombo cresceu em abril por causa, sobretudo, da emissão líquida de papéis, no valor de R$ 19,9 bilhões. Além disso, as despesas com juros totalizaram R$ 18,4 bilhões. A expectativa do governo é que, no fechamento do ano, a dívida pública cresça entre R$ 83,6 bilhões e R$ 183,6 bilhões, atingindo um patamar entre R$ 1,95 trilhão e R$ 2,05 trilhões. Em 2011, a dívida subiu 10%, para R$ 1,86 trilhão.

O programa de compra de títulos da dívida pública por pessoas físicas, o Tesouro Direto, ganhou 4,5 mil investidores em maio. O total de cadastrados chegou a 300,8 mil, uma alta de 24,3% nos últimos 12 meses. O coordenador-geral de Operações da Dívida, Fernando Garrido, disse que o crescimento pode refletir uma procura por opções mais rentáveis que a poupança, que teve suas regras modificadas no mês passado.

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"No ambiente de queda das taxas de juros, observamos uma migração das aplicações, uma busca por opções mais rentáveis e também seguras. Inclusive, temos visto uma busca por aplicações com taxas prefixadas ou aplicações que seguem algum preço", observou.

As vendas de títulos públicos por meio do Tesouro Direto atingiram o montante de R$ 303,5 milhões em maio. Com isso, o volume total de títulos somou R$ 8,41 bilhões no mês passado, ante R$ 8,11 bilhões em abril. Os títulos mais procurados foram os indexados a índice de preços, que representaram 70,77% do total. A participação de prefixados, por sua vez, foi de 25,50%, enquanto os títulos indexados à taxa básica de juros (Selic) representaram 3,72%.