Ex-diretor do BC: Alta é inevitável

Ex-diretor de Política Monetária do Banco Central, o economista Luís Eduardo Assis avalia que não há nada que o governo possa fazer para conter a trajetória de alta da moeda americana em relação ao real. "O que estamos assistindo é uma fuga para a qualidade", afirma o economista.

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O dólar abriu para negociações, nesta sexta-feira (23), em alta de 1,29%, a R$ 1,92.

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Após ultrapassar a cotação de R$ 1,90 na última quinta-feira, o dólar comercial fechou em alta de 1,61%, cotado a R$ 1,895, para venda.

Já o mercado de ações teve um dia de perdas intensas e o Ibovespa fechou em queda de 4,83%, aos 55.280 pontos.

Alta equivale a 40% da valorização de 2008

A perda do real frente ao dólar desde o final de julho até a manhã de quinta-feira (22) já representa cerca de 40% da magnitude da desvalorização da moeda brasileira decorrente da crise financeira em 2008.

Analistas e investidores internacionais, que classificam como "desordenada" a apreciação acelerada do dólar nos últimos dias, não veem espaço para recuperação do câmbio no curto prazo e não descartam a possibilidade de o governo brasileiro eliminar as medidas recentes de controle de capitais consideradas mais extremas, caso as intervenções do Banco Central não consigam segurar o tombo do real.

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O dólar já subiu 27,73% frente ao real na comparação da cotação mínima de 2011 de R$ 1,5290, no dia 26 de julho, até ao patamar máximo deste ano de R$ 1,953, atingido na manhã desta quinta. Da mínima de R$ 1,5560 por dólar em 1º de agosto de 2008, antes do colapso do banco americano Lehman Brothers, para o pico de R$ 2,62 em dezembro daquele ano, no auge da turbulência mundial, o dólar acumulou uma alta de 68,38% frente ao real