Seguindo a tendência do último pregão, o dólar opera em queda nesta terça-feira (14), em meio a um novo rali dos mercados internacionais com o início do detalhamento do plano dos EUA de socorro ao setor financeiro.
Por volta das 9h15, a moeda americana mostrava desvalorização de 4,10%, sendo negociada aos R$ 2,057.
No dia, os investidores acompanham os discursos de uma série de autoridades políticas e financeiras nos EUA - entre elas o presidente George W. Bush -, que apresentarão os detalhes do plano Paulson, de US$ 700 bilhões, aprovado em 3 de outubro.
O secretário americano do Tesouro, Henry Paulson, anunciará uma série de medidas destinadas a reforçar a confiança no sistema financeiro americano, ao lado do presidente do Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA), Ben Bernanke.
Entre as possíveis ações está o destino dos primeiros US$ 250 bilhões do plano de US$ 700 bilhões de socorro a bancos em dificuldades, aprovado no início do mês pelos deputados americanos.
Segundo agências de notícias, o governo deve usar parte da verba aprovada no último dia 3 para comprar ações de instituições financeiras e para garantir financiamentos interbancários por três anos.
Alívio
Na segunda-feira, o dólar registrou uma forte queda, uma semana após o pânico nos mercados, que havia feito a cotação da moeda americana ultrapassar a marca de R$ 2,30. Ao fim do dia, a divisa dos EUA registrou desvalorização de 7,30% frente ao real e recuou para o patamar de R$ 2,145.
O principal fator que ajudou a acalmar os investidores foi o anúncio de uma série de medidas financeiras em diversos países para tentar conter a crise financeira global. No domingo, países da zona do euro se comprometeram a ajudar bancos. Medidas similares foram anunciadas durante o final de semana por Portugal, Noruega e Emirados Árabes.
Já na segunda, a Grã-Bretanha anunciou a injeção de US$ 63 bilhões em três instituições. Na Alemanha, o plano deve alcançar 470 bilhões de euros. A França anunciou que no total vai disponibilizar 360 bilhões de euros para socorrer seus bancos, enquanto na Espanha o valor da ajuda será de 100 bilhões de euros.
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