O dólar encerrou em queda ante o real pela terceira sessão seguida nesta terça-feira (17) com melhora do cenário externo, depois das declarações do chairman do Federal Reserve, banco central norte-americano, Ben Bernanke. O dólar fechou em queda de 0,71% cento, cotado a R$ 2,0221 na venda.

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Em um primeiro momento, o discurso de Bernanke teve impacto negativo nos mercados, já que muitos investidores esperavam mais indicações sobre quando devem ser feitas novas medidas de estímulo monetário. No entanto, ele ainda deixou a porta aberta para mais medidas.

Durante o dia, a moeda chegou a ter ligeira alta, quando atingiu a máxima de R$ 2,0406, com valorização de 0,20%. Depois anulou ganhos e passou a cair, encerrando na mínima da sessão.

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"O real se apreciou diante de um recuo da aversão ao risco nos mercados. O mercado estava com expectativa muito clara de que o Bernanke iria usar o Senado para anunciar um novo quantitative easing (terceira rodada de compras de títulos, uma forma de estímulo monetário conhecido como Q3). Mas isso não aconteceu e houve uma realização (de lucros)", disse o economista-chefe da CM Capital Markets, Darwin Dib.

O chairman do Fed repetiu a promessa de agir se necessário, além de afirmar ao Comitê Bancário do Senado que a recuperação do país estava sendo reprimida por uma ansiedade sobre a crise da dívida da Europa e o caminho da política fiscal dos Estados Unidos.

Na ata da reunião de junho do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), a autoridade monetária já havia mostrado essa avaliação, mas que a situação econômica precisaria piorar para que tal medida fosse tomada.

Com isso, o dólar também caiu ante outras moedas. Às 17h33 (horário de Brasília), o euro tinha alta de 0,15% ante o dólar. A moeda norte-americana ainda tinha queda de 0,12% ante uma cesta de divisas.

O operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio, Marcos Trabbold, ainda afirmou, que apesar de acompanhar o exterior, a o dólar tem tido poucas oscilação ante o real e pode continuar se mantendo entre R$ 2 e R$ 2,10.

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"Não vejo o dólar abaixo de R$ 2 e acima de R$ 2,10 também. Quando chegou abaixo de R$ 2, o Banco Central já mostrou que não gosta", disse o operador.

Trabbold se referia a declarações feitas no início do mês pelo diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, de que o dólar abaixo de R$ 2 poderia não ser bom para a indústria, e que a autoridade monetária poderia intervir comprando dólares no mercado futuro caso necessário.