O dólar caiu ante o real nesta quinta-feira (26), com a realização de um leilão para rolagem de contratos de swap cambial e o bom humor dos mercados internacionais.
A moeda norte-americana encerrou a sessão em baixa de 0,44 por cento, a 2,240 reais, após ter exibido recuo de 1,2 por cento na mínima do dia.
"O (leilão) de swap deu garantias aos investidores. Isso faz com que o dólar não seja tão procurado no mercado à vista", avaliou Paulo Shiguemi Fujisaki, analista de mercado da Corretora Socopa.
O Banco Central vendeu nesta quinta todos os 80 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados, em um leilão para rolagem de um lote que vence em 1o de abril. O montante da operação foi de 3,99 bilhões de dólares.
Nesse tipo de leilão, os investidores ganham quando a variação do dólar supera a do juro. Assim, o mercado se "protege" de eventuais repiques da moeda norte-americana.
O analista também considerou que as medidas tomadas pelo governo dos Estados Unidos para tirar o país da recessão, que envolvem compra de títulos podres de bancos e injeção de recursos no sistema financeiro, tranquilizam o mercado de maneira geral, o que desmotiva a busca exarcebada por dólares.
Nesta sessão, as bolsas de valores norte-americanas subiam pela esperança de uma recuperação da economia e por dados de auxílio-desemprego em linha com o esperado.
Um relatório divulgado pelo governo norte-americano mostrou que a economia se contraiu 6,3 por cento no quarto trimestre, um pouco menos que o estimado anteriormente.
Perto do encerramento das operações no mercado de câmbio doméstico, os índices em Wall Street avançavam cerca de 2 por cento, movimento seguido pela Bovespa.
O dólar chegou a cair mais de 1 por cento logo no início da sessão, mas o movimento perdeu fôlego.
Mario Battistel, gerente da Fair Corretora, considerou que a "pressão de importadores" foi responsável pelo enfraquecimento da baixa do dólar. O gerente explicou que, a um preço menor, a tendência é de ter mais procura por dólar.
De acordo com os dados mais atualizados da BM&F, o volume de dólar negociado no segmento à vista girava em torno de 2 bilhões de dólares, um pouco abaixo da média diária de março, de 2,5 bilhões de dólares.
Frente a uma cesta com as principais moedas mundiais, o dólar tinha valorização de 0,5 por cento.
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