O dólar fechou em queda de quase 1% ante o real nesta quarta-feira (15), acompanhando o cenário externo, após a produção industrial dos Estados Unidos mostrar forte queda e o relatório do Federal Reserve não trazer indícios de aceleração do crescimento norte-americano.
A moeda norte-americana, que chegou a subir no começo dos negócios ante a moeda brasileira, terminou o dia em baixa de 0,94%, a R$ 3,0343 na venda.
Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão.
EUA
A produção industrial nos EUA caiu 0,6% em março, a maior queda desde agosto de 2012 e pior do que a expectativa de economistas, de recuo de 0,3%, pressionada por uma retração na produção em mineração e concessionárias de serviços públicos.
O relatório do Fed conhecido como Livro Bege informou que a atividade econômica dos EUA continuou a expandir de meados de fevereiro até o fim de março, mas um dólar forte e a queda nos preços do petróleo prejudicaram o setor industrial.
“O Livro Bege não trouxe informação de melhora na economia e a produção industrial (dos EUA) teve uma queda maior que o esperado, então investidores estão apostando que o Fed vai postergar a alta de juros por lá”, disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.
No exterior, o dólar caía 0,40% frente a uma cesta de moedas pouco antes das 17h30.
Cenário interno
No lado doméstico, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 0,36% em fevereiro na comparação com janeiro, segundo dados dessazonalizados. O número contrariou a estimativa de queda de 0,20%.
Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 51% do lote total.
Ibovespa sobe para maior nível desde 26 de novembro
A Bovespa teve uma sessão firme de ganhos nesta quarta-feira (15), superior a 1,5%, puxada por Petrobras e siderúrgicas, mas com alta disseminada por todos os setores. Poucas ações terminaram no vermelho, em dia de exercício de Ibovespa futuro e opções sobre Ibovespa e de avanço das bolsas internacionais.
A bolsa paulista subiu 1,74%, aos 54.918,74 pontos, maior nível desde os 55.098,47 pontos registrados no dia 26 de novembro do ano passado. Na mínima, registrou 54.037 pontos (+0,10%) e, na máxima, 54.960 pontos (+1,81%). No mês, acumula ganho de 7,37% e, no ano, de 9,82%. O giro financeiro preliminar indica R$ 11,682 bilhões.
Petrobras teve novo salto, de 7,87% na ON e de 6,73% na PN, respectivamente segunda e quarta maiores altas do Ibovespa. A expectativa pelos números do balanço e a alta do petróleo contribuíram para o desempenho das ações.
CSN ON disparou 8,56% e foi o papel que mais subiu hoje no Ibovespa, enquanto Usiminas PNA teve alta de 7,33%. Fora do índice, Usiminas ON saltou 13,99%.
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