O dólar fechou em leve alta ante o real nesta quinta-feira (21), com investidores aguardando pistas sobre o futuro da política monetária dos Estados Unidos. Na véspera, sinais de que os juros da maior economia do mundo podem subir mais cedo que o esperado impulsionaram a divisa norte-americana. Na cena local, o mercado também continuou de olho nas eleições de outubro, agora com a entrada oficial de Marina Silva (PSB) na corrida pela Presidência.

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A moeda norte-americana subiu 0,23%, a R$ 2,2683 na venda, após fechar em alta de 0,57% na véspera. "Depois da espichada de ontem, o mercado vai caminhar de lado até termos novidades sobre a questão do Fed", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca, referindo-se ao Federal Reserve, banco central norte-americano.

Na véspera, o Fed indicou que pode subir os juros em breve ao afirmar, em ata de sua reunião de julho, que tem sido surpreendido pelo ritmo de recuperação do mercado de trabalho. Juros mais altos nos EUA poderiam atrair recursos atualmente aplicados em outros países, como o Brasil.

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Novas pistas sobre o futuro dos juros dos EUA podem vir na sexta-feira, quando a chair do Fed, Janet Yellen, falará sobre o mercado de trabalho em simpósio em Jackson Hole. O indicador mais recente sobre esse tema foi divulgado nesta manhã, mostrando que o número de pedidos de auxílio-desemprego recuou um pouco mais que o esperado na semana passada.

No Brasil, o mercado se mantém atento aos rumos da corrida presidencial, após Marina Silva ser oficializada como cabeça de chapa do PSB. Investidores que criticam a política econômica do atual governo receberam bem a pesquisa da última segunda-feira, que mostrou que a entrada da ex-senadora na disputa praticamente enterrou as chances de a presidente Dilma Rousseff (PT) ser reeleita no primeiro turno. "Daqui até outubro, todo mundo vai ficar com pelo menos um olho no fluxo de notícias eleitoral. Não dá mais para escapar desse tema", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

O dólar operou em queda durante boa parte do dia, mas anulou as perdas na última hora de pregão. Segundo operadores de importantes bancos nacionais e internacionais, o movimento foi consequência da zeragem de uma posição vendida em dólares que havia sido montada pela manhã.

Na primeira parte da sessão, o Banco Central brasileiro deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Os contratos vencem em 1º de setembro de 2015 e correspondem a 197 milhões de dólares. Também foram ofertados contratos para 1º de junho, mas nenhum foi vendido.

Além disso, a autoridade monetária vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em setembro. Ao todo, já rolou cerca de 64% do lote total, que corresponde a 10,070 bilhões de dólares.

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