O dólar caiu ao menor nível em dez dias frente ao real nesta sexta-feira, acompanhando o enfraquecimento global da moeda norte-americana mas respeitando o piso informal sugerido pela atuação do governo brasileiro.

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A divisa recuou 0,52%, para R$ 1,711.

Enquanto o mercado local encerrava as operações, o euro subia 1,3% e o índice do dólar em relação às principais divisas caía 0,8%, para o menor patamar desde fevereiro .

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"Com o cenário lá fora das moedas contra o dólar, aqui não poderia ser diferente. O euro está bem forte", disse Francisco Carvalho, gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez.

A razão para a queda recente do dólar no exterior tem sido a política de juros extremamente baixos nos Estados Unidos e a possibilidade de que sejam oferecidos ainda mais estímulos à economia. Nesta sexta-feira, também pesaram dados mais fortes que o esperado sobre a confiança dos empresários alemães.

Enquanto seguia o mercado internacional, os agentes locais acompanhavam também o fluxo de capitais para a oferta de ações da Petrobras. Embora dados das reservas internacionais indiquem uma diminuição das compras pelo Banco Central , o mercado pode trazer até segunda-feira os dólares para participar da operação.

De acordo com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, "o lançamento de ações da Petrobras marcou um período de ingresso expressivo de divisas, e não há uma projeção de outros lançamentos da mesma dimensão".

Para a próxima semana, caso o fluxo diminua de intensidade conforme esperado, é possível que o mercado sofra ajustes. "Pode ser que (o fluxo) pare e a gente volte a olhar para o cenário mais macro. O dólar está fraco em relação a todas as moedas, mas a gente tem um déficit em transações correntes", acrescentou Carvalho.

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Nesta sessão, o volume registrado na clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa era de 3,1 bilhões de dólares até pouco antes do fechamento, em linha com a média dos últimos dias.