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Dólar reage a corte de Portugal e Grécia e sobe a R$1,765

O dólar teve a maior alta em quase três semanas nesta terça-feira, em resposta à deterioração nos mercados internacionais após o rebaixamento dos ratings de Portugal e Grécia.

A moeda norte-americana encerrou com avanço de 1,09 por cento, a 1,765 real na venda, após subir 1,32 por cento na máxima do dia. As operações locais acompanharam a oscilação da moeda no exterior, onde o dólar subia 0,91 por cento no final da tarde.

"O mercado já abrira em alta, mas a notícia do rebaixamento (dos ratings) de Portugal e Grécia pesou de maneira geral", disse Reinaldo Bonfim, diretor da Pioneer Corretora.

Mais cedo, a agência de classificação de risco Standard and Poor's reduziu a nota de crédito soberano grega para "BB+", primeiro nível do grau especulativo. A agência também cortou o rating de Portugal, para "A-" .

O efeito nos mercados foi imediato. O temor de que os problemas fiscais se espalhem a outros países europeus levou as ações do continente à maior queda em cinco meses e derrubou o euro para perto da mínima em um ano frente ao dólar.

As bolsas em Nova York também registravam fortes perdas a alguns minutos do fechamento, enquanto o Ibovespa operava ao redor de 67 mil pontos, após recuar mais de 3 por cento no pior momento da sessão.

Mas para o operador de uma corretora paulista, que falou sob condição de anonimato, a valorização do dólar nesta sessão não significa necessariamente uma nova tendência, visto que, segundo ele, as perspectivas de fluxo se mantêm firmes.

"Essa alta poderia até estar mais expressiva. Acredito que, na outra ponta, a expectativa pela elevação do juro impediu uma alta maior", afirmou. "Penso até que ele (o dólar) pode testar 1,70 real em breve."

O Comitê de Política Monetária decidirá na quarta-feira o rumo do juro básico brasileiro. As estimativas do mercado variam entre acréscimo entre 0,50 e 0,75 ponto percentual sobre a Selic, atualmente em 8,75 por cento ao ano.

Às 16h37, o volume de negócios na clearing da BM&FBovespa somava cerca de 2,48 bilhões de dólares em operações com liquidação em um e dois dias (D+1 e D+2).

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