O dólar encerrou em queda frente ao real, depois de dois dias de alta consecutiva, com cenário mais otimista em relação à economia da Ásia e dos Estados Unidos e dados positivos no setor coporativo.
A moeda norte-americana fechou em baixa 1,57 por cento, para 1,875 real na venda, na mínima do dia, seguindo o movimento de queda da divisa dos Estados Unidos no exterior.
Frente uma cesta com as principais moedas mundiais, o dólar operava em queda de 0,4 por cento.
"O dólar hoje esteve atrelado ao mercado externo. O bom humor lá de fora contribuiu para que o real se apreciasse ante a moeda dos EUA", afirmou Marcos Trabbold, operador de câmbio da B&T Corretora de Câmbio.
Dados positivos em relação à economia do Japão e da China, impulsionaram as bolsas asíaticas, que fecharam nas máximas de 2009.
O banco central da China informou nesta quinta-feira que se comprometeu em manter a política de alívio monetário para sustentar a recuperação econômica do país, trazendo um alívio para os investidores após a apreensão em relação à sustentação do crescimento chinês.
A produção industrial do Japão tabém mostrou um crescimento pelo quarto mês seguido, com avanço de 2,4 por cento em junho.
As bolsas norte-americanas e europeias também se recuperaram do pregão anterior, impulsionadas pelos resultados corporativos acima do esperado divulgados por AstraZeneca, Telefónica (TEF.MC), Motorola e Mastercard.
Nos Estados Unidos, apesar do número de novos pedidos de auxílio-desemprego ter subido pouco mais que o esperado na semana passada, a média quadrissemanal do mercado de trabalho recuou para o menor nível desde janeiro.
A bolsa de valores paulista seguia o movimento otimista e subia 1,9 por cento.
O gerente de câmbio da Corretora Liquidez, Francisco Carvalho lembra que, na véspera do fechamento da Ptax para a rolagem dos contratos futuros de dólar que vencem em 1o de agosto, a pressão dos investidores com posições líquidas vendidas também contribuiu para a queda mais acentuada da moeda norte-americana no mercado local.
A posição líquida vendida dos bancos somava 4,138 bilhões de dólares, no dia 29 de julho, enquanto os investidores estrangeiros estavam "vendidos" em 404 milhões de dólares.
"A tendência de queda do dólar, que pode vir a testar o patamar de 1,85 real no curto prazo, deve favorecer os investidores a manterem as suas posições vendidas, após a rolagem dos contratos", ressaltou Carvalho.
O volume financeiro no mercado à vista da BM&FBovespa somava 1 bilhão de dólares.