O dólar fechou em alta ante o real nesta quarta-feira (20), após o Federal Reserve reconhecer em ata a melhora no mercado de trabalho dos Estados Unidos, o que alimentou expectativas de que os juros norte-americanos possam subir mais cedo que o esperado. A moeda norte-americana avançou 0,57%, a R$ 2,2631 na venda, após recuar 1,25% nas últimas quatro sessões. A divisa chegou a R$ 2,2632 na máxima e R$ 2,2480 na mínima do dia.
"Se o Fed diz que vê melhora na economia, mesmo com esses dados mistos recentes, você corre para se proteger", afirmou o diretor de câmbio da corretora Pioneer, João Medeiros. Segundo a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), o banco central norte-americano tem sido surpreendido pela velocidade da recuperação do mercado de trabalho do país, mas não quer antecipar a planejada alta dos juros até que a melhora se mostre mais convincente.
Mesmo assim, investidores viram no documento sinais de que o aumento dos juros pode vir mais cedo do que o esperado, o que poderia atrair capitais atualmente aplicados em outros países, como o Brasil. Essa perspectiva já havia ganhado força nesta semana após dois dias de dados fortes sobre o mercado imobiliário dos Estados Unidos.
O dólar firmou-se em alta ante o real após quatro sessões de queda. A divisa dos EUA também subia contra outras moedas, como o euro, mas o movimento no Brasil foi menos intenso do que em outros mercados emergentes. De acordo com analistas, isso se deve aos recentes sinais de que, com a entrada da ex-senadora Marina Silva (PSB) na disputa eleitoral, a presidente Dilma Rousseff (PT), criticada pelos mercados, não deve vencer as eleições de outubro no primeiro turno. "Não dá para saber direito qual a posição dos mercados em relação à Marina, mas o que dá para saber é que o fato de que a eleição deve ser mais competitiva está ajudando o real", explicou o operador de câmbio Marcos Trabbold da corretora B&T.
O Banco Central brasileiro deu continuidade nesta quarta-feira ao seu programa de intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 2,5 mil contratos para 1º de junho e 1,5 mil contratos para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 197,4 milhões de dólares.
Além disso, a autoridade monetária vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em setembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 59% do lote total, que corresponde a 10,070 bilhões de dólares.
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