O dólar fechou em alta em relação ao real, com investidores buscando proteção na segurança da moeda norte-americana após a Procuradoria da República no Distrito Federal abrir investigação sobre suposto tráfico de influência internacional do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para favorecer a construtora Odebrecht.

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O dólar avançou 0,71%, a R$ 3,1582 na venda, após atingir R$ 3,1625 na máxima do dia e R$ 3,1280 na mínima.

“O fortalecimento mais acentuado do dólar aqui está amparado na notícia de que o Ministério Público Federal investiga suposto tráfico de influência do ex-presidente Lula com a Odebrecht”, escreveu o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa em nota a clientes.

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Investidores temem golpes à credibilidade do governo brasileiro, que podem afastar investimentos do mercado local. Nesse contexto, o dólar saltou após a divulgação da notícia, após operar perto da estabilidade durante a primeira metade do pregão, quando reagiu ao cenário externo mais favorável.

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A aprovação pelo Parlamento grego de medidas exigidas no acordo entre Atenas e seus credores e a estabilização da bolsa chinesa nos últimos dias têm corroborado alguma retomada no apetite de risco recentemente.

No Brasil, operadores afirmam que o alívio tem sido ajudado pela possibilidade de entradas relevantes no caso da aprovação do projeto de lei que trata da regularização de recursos ou patrimônio não declarados que brasileiros mantêm no exterior e devido aos juros elevados.

“Seria um fluxo de entrada bem relevante”, afirmou o operador de um banco nacional.

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Juros nos EUA

Esse bom humor tem sido compensado em parte pela perspectiva de que os juros nos Estados Unidos começarão a subir ainda neste ano, o que pode atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados aqui. Na véspera, declarações da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, reforçaram essas apostas.

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Segundo o operador da corretora Correparti Jefferson Luiz Rugik, operadores têm aproveitado para comprar divisas quando as cotações se aproximam de R$ 3,10 e vender quando caminham para R$ 3,20.

Swaps

Nesta manhã, o Banco Central vendeu a oferta total no leilão de rolagem de swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares.

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Com isso, repôs ao todo o equivalente a US$ 3,335 bilhões, ou cerca de 31% do lote de agosto, que corresponde a US$ 10,675 bilhões.