O dólar fechou em alta frente ao real nesta sexta-feira, após a divulgação de dados piores que o esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.

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A moeda norte-americana subiu 0,29 por cento, para 1,759 real. Na semana, o dólar acumulou alta de 0,17 por cento. No ano, a divisa registra avanço de 0,92 por cento.

Pela manhã, o governo dos Estados Unidos divulgou que o país fechou 131 mil postos de trabalho fora do setor agrícola em julho, resultado pior que o previsto. O sinal de fraqueza da economia aumentou a aversão ao risco, com queda das bolsas de valores internacionais e de moedas emergentes.

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Apesar da alta, o dólar não escapou da estreita faixa de 1,746 a 1,764 real, em que operou desde segunda-feira.

"Essa semana inteira foi uma constante. Provavelmente só vai ter mais movimento se o dólar subir ou então no fim do mês, para a briga de Ptax (taxa de referência para o ajuste de derivativos)", disse o operador de um banco "dealer", que preferiu não ser identificado.

O dólar não sobe pela perspectiva de entrada de capitais no país, com o exemplo da bilionária oferta de ações da Petrobras, prevista para setembro. A moeda também não cai porque investidores temem aumentar ainda mais as expressivas posições vendidas e serem obrigados a um recuo caso o BC mude a política de atuação, com uma oferta de swap cambial reverso, por exemplo.

O mercado tem percebido uma disposição maior do governo para defender o patamar de 1,75 real. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira que "o Banco Central e o Ministério da Fazenda não querem que (o real) se valorize mais" .

"Nós vemos o real mais sujeito a intervenção do governo", destacou Diego Donadio, analista do banco francês BNP Paribas, que recomenda uma posição que tire proveito de uma possível valorização do dólar.

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"Ficar vendido em reais pode ser ruim, já que o cenário para o real e para os ativos de risco está em boas condições. Usar contratos de opções parece a melhor alternativa."