O dólar comercial fechou em uma forte alta nesta terça-feira (18), em um pregão onde operou com valorização desde os primeiros instantes. Ao final do dia, a moeda americana registrou alta de 2,19%, negociada aos R$ 2,323.
"O sentimento continua pessimista", afirmou Luis Piason, gerente de operações de câmbio da Corretora Concórdia. "O panorama continua nublado, e temos pressão de saída (de recursos)... independentemente dos mercados lá de fora."
Segundo Vanderlei Arruda, gerente de câmbio da corretora Souza Barros, as condições de crédito em moeda estrangeira, principalmente para exportadores, estão melhorando. "Mas, por outro lado, a parte de bolsas continua muito frágil."
"A cada balanço (corporativo ruim) que se publica, não adianta, é investidor externo vendendo aqui para socorrer seu caixa lá fora", afirmou Arruda.
Ao longo da sessão, o Banco Central voltou a intervir no mercado, tentando conter o avanço na cotação da divisa dos EUA. A autoridade monetária realizou dois leilões de "swap" cambial tradicional, negociando um total equivalente a quase US$ 1,8 bilhão. Leilão para exportadores
Além disso, o BC também realizou um leilão de empréstimo de dólar com garantia em contratos para o financiamento de exportações, com colocação de US$ 1,155 bilhão.
A operação tem por objetivo ampliar a liquidez dos bancos para oferta de linhas de exportação. Pelos moldes do negócio, os bancos terão um mês para liberar empréstimos no montante captado sob a forma de Adiamento sobre Contratos de Câmbio (ACC) e Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE).
Feito isso, as instituições têm que depositar essas operações na forma de garantia para um empréstimo mais longo tomado com o BC. Na operação de hoje, o empréstimo vence em 13 de novembro de 2009.
Essa foi a terceira vez que o BC utilizou tal instrumento. Na primeira operação, realizada no começo do mês, foi colocado US$ 1,453 bilhão no mercado. Na semana passada, mais US$ 1,302 bilhão foi tomado pelos bancos.
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