| Foto: Marcello Casar Jr/ Agência Brasil/Fotos Públicas

A presidente do Fed, Janet Yellen, evitou dizer quando deverá ocorrer o aumento dos juros americanos em discurso nesta segunda-feira (6). Com isso, o dólar manteve sua trajetória de queda global, com os investidores avaliando que o aperto monetário nos EUA não ocorrerá logo por causa dos dados fracos de emprego nos EUA em maio.

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O dólar comercial caiu mais de 1% ante o real e ficou abaixo de R$ 3,50. O Ibovespa chegou a subir, mas inverteu o sinal e passou a recuar, pressionado principalmente pelos papéis do setor financeiro.

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Os profissionais dizem ainda que novos sinais de instabilidade política reforçam o clima de cautela. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o ministro Henrique Eduardo Alves (Turismo) atuou para obter recursos desviados da Petrobras em troca de favores para a empreiteira OAS.

Além disso, o presidente da comissão especial do impeachment, Raimundo Lira (PMDB-PB), recuou da decisão de encurtar os prazos de trabalho do colegiado e decidiu manter os 15 dias inicialmente estabelecidos para que a acusação e a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff apresentem suas alegações finais. Com isso, a votação final do impeachment deve acontecer apenas em agosto.

Câmbio e juros

O dólar comercial fechou em baixa de 1,02%, a R$ 3,491. A moeda americana à vista fechou em baixa de 0,89%, a R$ 3,501.

No mercado de juros futuros, o contrato de DI para janeiro de 2017 ficou estável em 13,565%, mas o contrato de DI para janeiro de 2021 recuou de 12,400% para 12,310%.

A pesquisa semanal Focus, realizada pelo BC junto a economistas do mercado financeiro, apontou elevação nas expectativas de inflação neste ano, o que torna menos provável uma queda rápida da Selic.

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O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anuncia nesta quarta-feira (8) o novo patamar da taxa básica de juros, a Selic. A expectativa unânime de analistas é de manutenção da taxa em 14,25% ao ano.

O CDS (credit default swap) brasileiro, espécie de seguro contra calote e indicador de percepção de risco, caía 2,28%, aos 331,571 pontos.

Bolsa

O Ibovespa fechou em baixa de 0,37%, aos 50.431 pontos. O giro financeiro foi de apenas R$ 4,9 bilhões.

“A liquidez está muito estreita, e investidores aproveitaram para embolsar os lucros obtidos recentemente”, afirma Ari Santos, gerente de renda variável da corretora H.Commcor. O Ibovespa subiu nos três pregões anteriores.

No setor financeiro, Itaú Unibanco PN perdeu 0,97%; Bradesco PN, -0,58%; Banco do Brasil ON, -1,04%; Santander unit, -1,09%; e BM&FBovespa ON, -1,20%.

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Operadores citam como um dos motivos para a queda dos papéis do setor financeiro a ação contra o Bradesco nos EUA depois do indiciamento do presidente da instituição, Luiz Carlos Trabuco, na Operação Zelotes.

As ações PN da Petrobras recuaram 1,28%, a R$ 8,46, e as ON perderam 0,09%, a R$ 10,80, apesar da forte alta do petróleo no mercado internacional.

Os papéis da Vale fecharam com ganho de 3,09%, a R$ 13,01 (PNA), e de 4%, a R$ 16,89 (ON), impulsionados pelo avanço do minério de ferro na China.

As ações ordinárias da Ser Educacional, que não fazem parte do Ibovespa, ganharam 1,06%, após a companhia propor a compra da Estácio Participações. A Kroton já havia manifestado a intenção de adquirir a Estácio. Kroton ON perdeu 2,16% e Estácio ON, +4,68%.

Exterior

A alta das commodities e a expectativa de manutenção dos juros americanos desvalorizam o dólar e impulsionam os mercados de ações internacionais.

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Na Bolsa de Nova York, o índice S&P 500 fechou em alta de 0,49%; o Dow Jones, +0,64% e o Nasdaq, +0,53%.

A maioria das Bolsas na Europa também encerrou a sessão no campo positivo. Na Ásia, preocupações com a economia local fizeram os índices acionários chineses recuarem. No Japão, a bolsa de Tóquio também caiu.