Após acalorada reunião na tarde desta segunda-feira (28), não houve acordo entre o Sinpospetro Curitiba, que representa os trabalhadores em postos de combustíveis, e o SindiCombustíveis-PR, sindicato que engloba os donos dos postos, sobre o pedido dos trabalhadores de 17,5% de reajuste salarial. O sindicato patronal pediu mais 10 dias para reavaliar a proposta e dar uma resposta aos funcionários.

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A reunião, que começou por volta das 14h e se estendeu até às 18h, teve muita discussão, segundo o presidente do Sinpospetro de Curitiba, Lairson Sena. "Foi uma negociação acalorada que terminou sem acordo. Agora os donos de postos vão realizar uma assembleia com os revendedores de combustíveis e, em seguida, ficaram de reavaliar nossa proposta, em um prazo máximo de 10 dias", explicou Sena.

Caso a contraproposta do SindiCombustíveis não seja satisfatória, segundo Sena, os trabalhadores farão uma assembleia imediata para discutir a possibilidade de paralisação. "Se apresentarem uma proposta benéfica e qualificada, que é o que queremos, terá negociação. Caso contrário, a categoria já está mobilizada para discutir o caso de greve. Seria a primeira greve da classe no Paraná", completou o presidente.

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Na semana passada, em entrevista à Gazeta do Povo, o sindicato patronal considerou a reivindicação dos frentistas "impraticável". Os trabalhadores reivindicam 17,5% de reajuste. O atual piso salarial dos funcionários, segundo o Sinpospetro, é de R$ 692. Sena argumenta que os postos possuem condições de atender as reivindicações, mas não o fazem para lucrar mais. Atualmente, o sindicato calcula que o Paraná tenha entre 5 e 6 mil frentistas.

Segundo o SindiCombustíveis-PR, o piso dos frentistas paranaenses é o 2º maior do país. Além disso, diz o Sindicato, os salários normalmente são complementados com ganhos extras, como comissões sobre a venda de produtos e equipamentos.