O euro teve um tombo no início da manhã desta segunda-feira (29) na Ásia e é improvável que a pressão diminua, diante dos rápidos desdobramentos na Grécia.

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Governo grego ordena que bancos não funcionem nesta segunda-feira

Controle de capitais é imposto no país. FMI diz estar disposto a ajudar, BC europeu mantém programa de liquidez, mas só até dia 30

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Perguntas e respostas: o que pode acontecer com a Grécia fora da zona do euro

As próximas medidas a serem tomadas pelo país e o que acontece com o grupo

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O anúncio do referendo feito pelo primeiro-ministro grego Alexis Tsipras, seguido de notícias de que o Banco Central Europeu não vai aumentar a liquidez de emergência que vem sustentando os bancos da Grécia, preparou o palco para o mergulho do euro no início do pregão na Nova Zelândia, enquanto moedas vistas como refúgios seguros - como o iene e o franco suíço - estão subindo.

“Esperamos um tom de aversão ao risco muito forte nos mercados globais, logo que os asiáticos abrirem para negociação e durante a maior parte da semana”, disse Richard Franulovich, estrategista de câmbio sênior do Westpac Bank.

O nervosismo aumentou depois que a Grécia anunciou que os bancos ficariam fechados nesta segunda-feira, em uma tentativa de evitar um colapso do sistema bancário, uma vez que os gregos aceleraram o ritmo de saques no fim de semana.

“Não se enganem, os acontecimentos deste fim de semana são “bearish” (pressão de baixa) para o euro, porque representam um choque de confiança para a região, são negativos para as perspectivas de crescimento da região e aumentam as chances de um programa de QE, do BCE, expandido”, disse Franulovich.

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O estrategista sênior de câmbio do ANZ Bank, Sam Tuck, disse que os eventos levantam uma série de questões, incluindo se o calote ao FMI significa uma saída iminente da Grécia da zona do euro e se o Federal Reserve dos Estados Unidos vai apreciar enfrentar um cenário global mais frágil.

“A única coisa que sabemos com certeza neste momento é que o grau de incerteza é alto”, disse ele.