Embora a economia europeia mostre sinais de estabilização, ainda é importante concluir a resposta à crise da zona do euro, afirmou Olli Rehn, comissário da União Europeia para Assuntos Econômicos e Monetários.
"A economia europeia está, no momento, em uma recessão branda, mas ela poderá ser curta, já que vemos sinais de estabilização", disse Rehn em uma reunião informal sobre assuntos econômicos em um centro de ski no norte da Finlândia. No entanto, "certamente não há espaço para complacência e relaxamento", observou a autoridade.
Da forma como estão os planos, a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês), que é o fundo de resgate temporário da zona do euro, tem capacidade de empréstimos de 440 bilhões e o Mecanismo de Estabilidade Europeu (ESM, em inglês), que é o fundo permanente, tem capacidade de 500 bilhões. O ESM começará a operar em julho deste ano e a EFSF será desativada em junho de 2013.
O debate atual entre os países da zona do euro se concentra no que acontecerá durante o período de um ano em que os dois fundos coexistirão. Atualmente, a capacidade de empréstimos combinada dos dois é limitada a 500 bilhões, mas a Comissão Europeia propôs uma ampliação do limite, com uma soma dos recursos de ambos.
Os ministros de Finanças europeus pretendem discutir o assunto na reunião marcada para o fim deste mês em Copenhague. "Estou confiante de que vamos alcançar um compromisso satisfatório", disse Rehn. Segundo a autoridade, uma decisão de ampliar o tamanho dos fundos poderia abrir caminho para o Fundo Monetário Internacional (FMI) também seguir adiante com os planos de aumentar seus recursos contra crise na reunião da instituição prevista para abril.
O primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen, afirmou que o país ainda não decidiu qual é sua posição sobre a ampliação dos fundos. "Nós somos um pouco céticos sobre qual tamanho esses fundos devem ter", afirmou Katainen durante o mesmo evento do qual Rehn participou. As informações são da Dow Jones.