A economia brasileira começa a dar sinais de reação, ainda que o andamento de medidas consideradas importantes pelo governo para cumprir o roteiro do ajuste fiscal esteja mais lento do que o esperado inicialmente, afirmou nesta sexta-feira (17) o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Entre as medidas que estão “atrasadas” está o projeto de lei que revê as desonerações sobre a folha de pagamento de empresas.
“Aos pouquinhos a economia vai recuperando. Demora, tem de ter paciência como em toda travessia, mas o efeito do realinhamento de preços e do próprio câmbio, a gente já começa a ver empresas com mais disposição, começando a ter mais resultados na exportação. Economia vai reagindo, mesmo que alguma medida demore mais que o previsto”, disse Levy, após participar da 157.ª reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), no Rio.
Segundo Levy, a própria hidrologia ajudou em 2015, contribuindo para a regularização do setor elétrico. O “realismo tarifário” também foi uma medida importante. “Este ano, as chuvas estão melhores, então a gente talvez até comece a ver nos próximos meses redução no preço da eletricidade, porque também está havendo uma regularização no fluxo das águas e o efeito do realismo tarifário.”
Levy também disse que o governo não pode continuar mantendo as despesas com a desoneração e que a demora em votar a redução traz incertezas ao setor produtivo e “acaba esticando o período de ajuste”. “Quanto mais demora, mais o período de ajuste aumenta.”
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