A economia da zona do euro encerrou 2014 com seu pior trimestre em mais de um ano já que mais cortes de preços falharam em elevar de forma significativa a atividade empresarial, aumentando a pressão sobre o Banco Central Europeu (BCE), mostrou a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês).
Também de forma preocupante para as autoridades, a pesquisa destacou uma fraqueza contínua na França e na Itália e apenas uma performance cambaleante na Alemanha, maior economia da Europa.
"A fraqueza do PMI em dezembro vai se somar aos pedidos de estímulo mais agressivo do banco central, a ser adotado o mais rápido possível", disse Chris Williamson, economista-chefe do Markit, que compila a pesquisa.
O PMI Composto final de dezembro, com base em pesquisas junto a milhares de empresas na região e considerado bom indicador de crescimento, ficou em 51,4, abaixo da preliminar de 51,7.
Embora tenham superado a mínima de 16 meses de novembro de 51,1 e alcançado ao 18º mês acima da marca de 50 que separa crescimento de contração, Williamson disse que o indicador aponta crescimento do PIB no quarto trimestre de apenas 0,1%.
"A zona do euro vai olhar para 2014 como um ano em que a recessão foi evitada pela mais estreita das margens, mas a fraqueza dos dados da pesquisa sugere que não há garantia de que uma renovada contração não será vista em 2015", disse ele.
Um subíndice do PMI Composto mostrou que as empresas estão cortando os preços há quase três anos. Ele atingiu 48,1 ante 47,6 em novembro.
Isso teve apenas um efeito marginal no PMI sobre o dominante setor de serviços da região, que avançou para 51,6 contra 51,1 em novembro e preliminar de 51,9.
Julgamento do Marco Civil da Internet e PL da IA colocam inovação em tecnologia em risco
Militares acusados de suposto golpe se movem no STF para tentar escapar de Moraes e da PF
Uma inelegibilidade bastante desproporcional
Quando a nostalgia vence a lacração: a volta do “pele-vermelha” à liga do futebol americano
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast