A atividade econômica declinou nos EUA desde outubro, ao mesmo tempo em que as pressões inflacionárias diminuiram, segundo informações trazidas pelo chamado "Livro Bege", divulgado nesta quarta-feira (3) pelo Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA).
O Livro - um conjunto de indicadores da economia divulgado oito vezes por ano - traz um panorama sombrio das condições da maior economia do mundo.
Segundo o relatório, a atividade econômica recuou em todos os 12 distritos do Fed, que incluem regiões com grandes mercados como Nova York, Atlanta e Chicago. O estudo foi feito com informações recolhidas até o dia 24 de novembro. A inflação também mostrou desaceleração durante o período de produção do trabalho.
De acordo com a publicação, os mercados de trabalho estão se enfraquecendo, com firmas de muitas regiões do país acelerando o corte de empregos. Os gastos do consumidor decaíram, com consequente queda nas vendas do comércio e da compra de veículos nos EUA. Os distritos também comunicaram quedas significativas nas vendas de casas e no mercado imobiliário como um todo.
Resistência abalada
No último relatório, o Fed havia apontado os resultados dos setores de energia e mineração como "positivos", mas mesmo esses segmentos não resistiram: o estudo mostra que a produção e a exploração desaceleraram, devido ao recuo no preço dos produtos finais no mercado internacional. Na segunda-feira, um estudo divulgado pelo National Bureau of Economic Research (NBER) - grupo privado americano que prepara relatórios sobre a situação econômica do país - havia declarado que os EUA estavam em recessão desde dezembro de 2007.