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Crise

Economias não entrarão em nova recessão, diz Zoellick

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse não acreditar que as economias dos EUA e do mundo voltem a entrar em recessão, mas afirmou que é provável a ocorrência de um crescimento anêmico. Zoellick repetiu seus alertas de que os líderes europeus precisam enfrentar urgentemente os riscos à dívida soberana da zona do euro, e declarou que a China e a Índia têm difíceis desafios para reagir ao enfraquecimento das economias do Ocidente.

Segundo Zoellick, os líderes dos EUA deveriam empreender a reforma da legislação tributária e ser mais agressivos na negociação de acordos comerciais, mas ele fez uma distinção entre essas preocupações de longo prazo e a crise que a Europa está enfrentando.

"A Europa chegou a um ponto em que eu penso que os desafios para sua liderança são mais iminentes", afirmou. "Nos EUA, eu não quero sugerir que esses problemas podem ser adiados para sempre, mas eles não são tão sensíveis para o mercado", disse.

Zoellick concedeu entrevista coletiva juntamente com o vice-primeiro ministro e ministro de Finanças de Cingapura, Tharman Shanmugaratnam, durante uma visita à cidade-Estado. Na visita, Zoellick anunciou uma expansão dos serviços do Banco Mundial em Cingapura.

Bônus

A compra de bônus por parte do Banco Central Europeu (BCE) pode servir para ganhar tempo, mas são necessárias mudanças fundamentais para levar as economias europeias em dificuldades financeiras a uma situação saudável. A análise foi feita pelo presidente do Banco Mundial.

"Estamos chegando a um ponto de decisão fundamental para os líderes europeus", afirmou Zoellick. Ele observou que a compra de bônus revelou tensões entre os países da zona do euro. Separadamente, Zoellick disse à rede de televisão CNBC que as medidas de sustentação da liquidez atualmente empregadas pela União Europeia não serão suficientes para estancar a crise bancária e de dívida soberana da região.

"Eles tentaram injetar dinheiro, tentaram no mês passado... O BCE comprou muitos bônus, mas eu penso que lidar com esses problemas através de medidas de liquidez não será suficiente", afirmou o presidente do Banco Mundial. As informações são da Dow Jones.

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