Economistas consultados pelo Globo Online esperam que a taxa Selic permaneça na casa dos 11% ao longo de 2008 e que esse patamar de juros já são suficientes para proporcionar o crescimento econômico de 5% ao ano, esperado pelo governo.
Na avaliação da economista-chefe da BES Corretora, Sandra Utsumi, 11% é uma taxa de juros adequada às condições atuais da economia brasileira. A economista acredita que o Comitê de Política Monetária (Copom) deverá reduzir a taxa em mais 0,25 ponto percentual, para 11% ao ano na próxima reunião (prevista para outubro). A partir da reunião de dezembro , no entanto, Sandra espera que o Copom mantenha ataxa em 11% pelo menos até o fim do primeiro semestre de 2008.
- Ninguém duvida que a taxa de juros chegue um dia a 8% ou 9% ao ano, mas isso não deve ocorrer ainda em 2008. A economia brasileira ainda não suportaria isso. Esse nível de juros poderia gerar um nível de consumo, com o aumento da renda que já vem acontecendo, que a indústria do país não teria capacidade de atender - avalia a economista, acrescentando que esse patamar de juros são adequados para o país atingir o crescimento econômico de 5% ao ano.
Sandra ressalta que se as previsões do mercado forem confiramadas a taxa real de juros seria de 6,9% ao ano, a menor já vista no Brasil. Segundo ela, este seria um patamar adequado de juros para as condições econômicas brasileiras, apesar de ainda a taxa ainda ser superior a de muitos países emergentes.
O economista-chefe da Ativa Corretora, Arthur Carvalho, concorda que o patamar de 11% seja adequado às condições atuais da economia brasileira e que está adequado em relação às expectativas de crescimento do país. Na avaliação dele, a taxa básica de juros só deve cair a 9% ou 10% em 2009.
Carvalho, assim como Sandra, lembra que a alta do IPCA divulgada nesta quinta-feira não muda o cenário econômico e a previsão para um novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros na próxima reunião do Copom, em outubro.
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