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Editora Papaya aposta no crowdfunding para lançar jogos de tabuleiro

Luiz Grimusa, sócio da Papaya, aposta nos board games. | Antônio More/Gazeta do Povo
Luiz Grimusa, sócio da Papaya, aposta nos board games. (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

O mês de setembro ficará marcado pelo lançamento do terceiro título da Editora Papaya, empresa curitibana especializada em jogos de tabuleiro. O jogo “Drillit! A fuga da montanha de cristal” é, também, o segundo viabilizado por meio de financiamento coletivo ou crowdfunding.

Em pouco mais de dois meses na plataforma Kickante, o projeto recebeu mais de R$ 65 mil, de cerca de 200 apoiadores, e já chega ao mercado com 90% da tiragem vendida. De acordo com Luiz Grimuza, co-fundador da empresa, até o final de setembro o jogo deverá estar disponível nas lojas especializadas, e também para quem comprou durante a fase de financiamento.

Segundo Grimuza, o gosto pelos chamados board games nasceu há pouco mais de dez anos, mas foi só no final de 2012 que a possibilidade de abrir a empresa veio à tona com a descoberta do crowdfunding.

O processo de financiamento coletivo, na opinião dele, é uma alternativa excelente mas que deve ser analisada com cautela, já que não é possível viabilizar o projeto apenas com a ideia do jogo. “Todo o processo de desenvolvimento tem um custo alto e, caso o financiamento seja feito e não se atinja a meta, nós perdemos todo o investimento no projeto”, explica.

Do nerd ao pop

O perfil do público-alvo que consome este tipo de produto pode ser bastante variado, mas de acordo com Grimuza, a maioria dos consumidores gira em torno dos 25 aos 35 anos. Nascidos entre o começo dos anos 1980 e meados da década de 1990, são pessoas que tiveram acesso à web desde a adolescência e cresceram com acesso a videogames, quadrinhos, filmes e RPGs – a chamada cultura nerd. “Há 20 anos existia o nerd que se interessava por esta cultura. Hoje ela cresceu, e virou a cultura pop,” conta.

Um mercado em crescimento

Apesar de ser um mercado relativamente novo, os empreendedores enxergaram um crescimento deste nicho de entretenimento nos últimos três anos, com a melhoria da qualidade dos fornecedores, o surgimento de grupos de jogadores nas redes sociais, e o crescimento dos eventos e lojas especializadas no segmento.

Estas últimas, inclusive, estão no radar da empresa, que deve focar em uma aproximação com os lojistas a partir do lançamento do Drillit!, com objetivo de aumentar a penetração da Papaya no mercado.

Entre as novidades dos últimos anos no mercado de jogos de tabuleiro – que podem custar de R$ 200 a R$ 350 – está também o aparecimento das distribuidoras, empresas que funcionam como uma espécie de investidor para quem edita o jogo.

“Normalmente, elas compram de 60% a 70% da tiragem e já pagam na hora da entrega”, conta Grimuza. “A tendência com o surgimento destes players é que o alcance dos jogos aumente, assim como o potencial de negócio deste segmento.”

O Drillit! é o primeiro título da Papaya que conta com o apoio de uma distribuidora. Para o ano que vem, além do foco na recente estreia, a empresa ainda planeja lançar entre quatro e seis novos jogos, todos focados na venda da maior parte da tiragem antes do lançamento.

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