Em 2009, o setor têxtil faturou US$ 4 bilhões no Paraná, e as estimativas para 2010 são de um crescimento de 10%. A produção do estado representa 8,74% de tudo o que é confeccionado no Brasil, segundo informações da Abit.

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Mesmo com crescimento surpreendente , o setor reclama da política externa do governo, que dá abertura irrestrita a produtos vindos de países onde o custo de produção é baixo. Para Fernando Pimentel, da Abit, o Brasil conseguiu recuperar as perdas da crise mundial, mas a "luz de alerta" está acesa. "As exportações crescem numa média de 10% ao ano, ao passo que as importações crescem 60%. Em 2010 vai ser possível acomodar esse descompasso, mas o cenário futuro pode gerar tensões comerciais", avisa.

Roberto Chadad, da Abravest, avalia os erros do governo federal. "O país escancarou o mercado para a China, na intenção de conseguir uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, mas não consultou os setores econômicos para os quais abriu o mercado. Agora sofremos com a invasão de produtos de países que não têm leis trabalhistas e que, em alguns casos, o sistema de trabalho beira a escravidão", aponta.

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Márcia Wierzbicki, proprietária da Apex Malhas, em Imbituva, afirma que esse é o maior problema do setor atualmente. "A China nos atrapalha muito, com peças que chegam a custar 10% do nosso preço. O que ainda nos salva é que eles não têm roupas com variedades de tamanhos e o padrão de lá não se adapta ao Brasil", diz. (IF)