Com prejuízo acumulado bilionário, a companhia aérea Gol receberá uma injeção de até R$ 1 bilhão de sua subsidiária, a Smiles, em forma de compra antecipada de passagens, informaram as empresas em comunicado nesta sexta-feira (26). A primeira parcela do aporte, de R$ 376 milhões, é imediata. O restante está condicionado a algumas medidas a serem adotadas pela aérea, entre elas a suspensão de sete destinos e a devolução de cinco aeronaves.
Segundo a Gol, o encerramento das operações em sete cidades implicará demissões. A empresa não informou, porém, quantos funcionários serão dispensados. Até agora a Gol vinha apenas cortando oferta de voos, mas nenhuma cidade tinha sido cortada do mapa da companhia. A redução de frequências de 6% este ano, que já havia sido anunciada, também é condição para o recebimento das demais parcelas.
Outra condicionante é a revisão no cronograma de entrega de aeronaves. O plano de negócios da Gol previa a chegada de 15 aviões entre 2016 e 2017. Agora, será apenas um. A frota hoje é composta de 141 aeronaves. Segundo o comunicado, todas essas condicionantes visam a dar mais liquidez à aérea. Caso elas não sejam cumpridas até 30 de junho de 2017, a Smiles não colocará um tostão na empresa além dos primeiros R$ 376 milhões.
Desembolso até 2017
“Os desembolsos serão realizados até o dia 30 de junho de 2017, ou então deixarão de estar disponíveis, sendo que também estarão condicionados a condições mínimas de liquidez da companhia”, disse a Smiles em nota.
A Gol esclareceu que há incerteza quanto ao cumprimento dessas condicionantes. “A companhia não pode assegurar que conseguirá tomar todas as medidas que garantam os desembolsos, pois dependem, em parte, de terceiros, e não pode tampouco assegurar a data exata da satisfação das condições para cada desembolso”, disse a aérea em comunicado
A Gol indicou ainda que poderá cortar mais voos. Em nota, ela disse que “continuará a avaliar oportunidades em sua malha aérea e estará preparada para outras medidas de racionalização da capacidade e otimização da malha, de modo a ajustar a oferta de voos de acordo com a demanda e atual cenário do setor”.
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