Curitiba só deve começar a receber o sinal de tevê digital a partir de 2009, pelo cronograma oficial do Ministério das Comunicações. A Rede Paranaense de Comunicação (RPC) já tem toda a infra-estrutura civil e elétrica necessária para oferecer a nova tecnologia, mas é preciso aguardar a concessão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o que não tem data para ocorrer.
"Já fizemos reforço nas torres para que elas suportem a antena digital junto com a antena analógica. Essa tecnologia vai continuar existindo por mais uns 10 anos pelo menos. Então, o consumidor que não quiser comprar o conversor pode ficar tranqüilo", explica José Frederico Rehme, supervisor de pesquisa e desenvovimento da RPC. A retransmissora da TV Globo no Paraná também construiu novas salas para abrigar equipamento de transmissão digital e reforçou a parte elétrica.
O coordenador de projetos da RPC, Émerson Pereira, diz que há possibilidade de antecipar a transmissão de tevê digital, mas ainda é cedo para estipular uma data.
De acordo com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, todas as capitais brasileiras devem receber o sinal digital a partir de 31 de dezembro de 2009. O restante do país, a partir de 31 de dezembro de 2013. O modelo escolhido pelo ministro foi o japonês, o que num primeiro momento desagradou a indústria nacional, que preferia o modelo europeu.
Mas, segundo Pereira, a nova tecnologia oferece muitos benefícios ao consumidor. "Vai ser possível ter qualidade de imagem e som semelhante ao que vemos hoje nos DVDs na tevê aberta", resume. Em Curitiba, as retransmissoras de tevê usam apenas um canal de áudio, por exemplo. Com a tevê digital, o som será transmitido em cinco (quatro canais e um subwoofer, que reproduz em freqüências baixas). "Mesmo onde a Globo transmite hoje em som estéreo, como São Paulo e Rio de Janeiro, o ganho com a tecnologia digital será muito grande."
Ele também estima que, até a nova tecnologia estar disponível em Curitiba, o preço dos conversores do sinal digital vão cair bastante. "Quando os primeiros aparelhos de DVDs foram lançados, eles custavam R$ 3 mil e hoje podem ser encontrados por até R$ 150. Vai ser a mesma coisa com os conversores", observa. (RF)
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