O Grupo Educacional Opet decidiu intensificar seu investimento na área de sistemas de ensino com a aquisição da curitibana SEFE (Sistema Educacional Família Escola). O negócio foi anunciado na última semana e engrossa um projeto de expansão que incluiu a construção de uma gráfica em Colombo e a ampliação da estrutura física em Curitiba.
Mercado
O segmento de sistemas de ensino vem tomando espaço que tradicionalmente era ocupado pelos livros didáticos. Na Região Sul, cerca de 40% dos estudantes têm acesso aos sistemas, contra 60% que ainda usam os livros. A penetração dos sistemas é maior no Sudeste, onde 46% dos alunos já usam apostilas.
Com a compra da SEFE, a Opet ganha uma participação mais expressiva em um mercado em que já atuava com sua própria marca. A meta é que, juntas, as empresas mantenham 350 mil alunos usando seus sistemas de ensino – sozinha, a Opet chegava a 60 mil estudantes.
“As duas operações somadas entram no grupo das maiores do mercado”, diz o presidente da Opet, José Antônio Karam. “Há uma grande sinergia entre as duas empresas. A SEFE tem atuação forte no setor público, no qual ainda não tínhamos muita penetração, e em regiões onde ainda não trabalhávamos, como o Nordeste.”
Um outro ponto destacado por Karam é a característica do sistema de ensino da SEFE. Como o nome do sistema já diz, os materiais tentam envolver a família no processo de aprendizado das crianças. “A Opet também trabalhava com uma proposta que valoriza o papel da família. O material didático é uma forma de incentivar esse envolvimento”, diz o executivo.
As marcas SEFE e Opet continuarão existindo de forma independente, mas haverá convergência operacional em áreas como marketing e logística. A aquisição também vai acelerar o ganho de escala da gráfica recém-inaugurada e fruto de um investimento de quase R$ 40 milhões. Com máquinas importadas da Alemanha e do Japão, e uma área de 3,5 mil m², a gráfica tem a perspectiva de dobrar a produção dos atuais 800 mil volumes por ano para 1,6 milhão de volumes até 2016.
Ensino
Na área de ensino, que engloba o colégio, a faculdade e o ensino a distância (EAD), a Opet trabalha com um cenário de expansão. Hoje são mil estudantes no colégio, volume que deve crescer entre 5% e 10%, e 6,5 mil no ensino superior, número que deve permanecer estável – um bom resultado, segundo Karam, diante da redução das bolsas oferecidas pelo governo federal através do Fies.
Segundo ele, o EAD é a nova frente na qual a instituição pretende acelerar o crescimento. Hoje são 3,5 mil alunos matriculados no sistema Opet, segmento que apresentará uma expansão de 25% a 30% neste ano. Os planos em EAD incluem a abertura de novos polos, que deve ser anunciada nos próximos meses. “O momento da economia é difícil, mas estamos buscando opções de crescimento”, completa.
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