A briga com o Ministério da Agricultura retarda a recuperação do status sanitário e instala uma nuvem de desconfiança sobre o Paraná. A tendência é de que, com isso, mais países imponham algum tipo de embargo às exportações de carne do estado. Até agora, 53 países declararam algum tipo de barreira. O último foi a Rússia, que embargou a compra de carnes bovina e suína do Brasil. A Rússia responde por quase 75% da exportação de carne suína paranaense. Os prejuízos para o setor, segundo o Sindicarne, já chegaram a R$ 120 milhões. "Já perdemos dois meses por conta dessa briga. As informações que chegam aos importadores são as piores: demora para se chegar a um diagnóstico conclusivo, greve de fiscais agropecuários, conflitos entre as esferas estadual e federal", afirma Gustavo Fanaya, assessor econômico do Sindicar-ne. Em novembro, os fiscais do ministério fizeram uma greve nacional de 20 dias. Por isso, segundo Fanaya, a melhor solução seria o sacrifício imediato dos animais, a indenização do proprietário pelo governo e a recuperação do status de área livre de aftosa em seis meses. (VD)
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