Marina Curi e Morgana Elis fizeram parte da primeira turma de design de moda da PUC-PR, em Curitiba. Foi durante a produção de seus respectivos trabalhos de conclusão de curso que a dupla identificou um nicho a ser explorado na indústria de confecção no país.
“Marcas estrangeiras já estavam procurando colocar aqui uma moda mais sustentável, com acabamento detalhado e com produção atenta a materiais e mão de obra”, diz a empreendedora Marina Curi. Essa foi a aposta na criação da Déterminée.
Durante um ano e meio, as sócias fizeram pesquisa de fornecedores e matéria-prima, elaboraram a primeira coleção e estudaram o sistema de produção. A terceirização foi descartada para garantir a qualidade do produto final. Hoje, seis pessoas trabalham na fábrica e outras duas devem ser contratadas ainda em janeiro para dar conta das 200 peças entregues por mês.
A marca está na segunda coleção e investe em uma linha casual e versátil para mulheres com diferentes compromissos durante o dia. “São modelos que podem ir do trabalho a um evento no fim do dia apenas com a troca de alguns acessórios”, conta Marina.
A exclusividade das peças é outra característica da Déterminée. São feitas apenas cinco unidades de cada modelo, o que limita a produção em escala, mas coloca a empresa no desenvolvimento de um nicho bem delineado.
São modelos que podem ir do trabalho a um evento no fim do dia apenas com a troca de alguns acessórios.
A primeira loja foi aberta em junho deste ano no shopping Pátio Batel e foi a parte do empreendimento que mais consumiu recursos na formação da empresa. Até agora foram investidos R$ 1 milhão na abertura do negócio.
Apoiadas na experiência das famílias empreendedoras, que também contribuem para a rotina do negócio, desenhando estratégias de crescimento e expansão, as jovens de 22 anos se preparam para os próximos passos. Em 2016, a Déterminée quer lançar o e-commerce e ampliar os canais de venda, abastecendo lojas multimarcas.
A etapa seguinte é abrir unidades próprias. Além de alinhar a produção para atender a essa nova clientela, Marina e Morgana também estão atentas à distribuição da produção nas vendas on-line. A ideia é só vender para clientela fora de Curitiba, garantindo a exclusividade das peças para as consumidoras locais.