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Exigência de simuladores em autoescolas vira negócio para startup paranaense

Jobel Araújo, da Mobilis: novo modelo de negócios. | Divulgação/Divulgação
Jobel Araújo, da Mobilis: novo modelo de negócios. (Foto: Divulgação/Divulgação)

A resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que tornou obrigatória a adoção de simuladores de direção abriu um novo mercado para empresas como a paranaense Mobilis Tecnologia, que vai produzir o equipamento em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Assim como a discussão envolvendo a obrigatoriedade do uso dos simuladores na formação dos motoristas, a motivação para a fundação da empresa não é recente. “A ideia de investir na simulação veicular surgiu em 2011, mas foi só em 2014 que ela realmente saiu do papel,” conta Jobel Araújo, gerente de negócios da empresa. O pontapé inicial foi resultado de uma parceria com a Simfor, desenvolvedora espanhola do software de aprendizado que motivou os primeiros testes e protótipos do simulador da Mobilis.

A empresa desenvolveu um modelo de negócios para tentar vencer a resistência das autoescolas em adotar o equipamento devido ao seu custo elevado - R$ 45 mil. Sua proposta é fornecer o simulador e cobrar por hora de utilização. “O empresário pode alugar o equipamento e pagar com base na produtividade”, explica. O custo para a autoescola nesse modelo é de, em média, R$ 20 por hora. Além da formação de condutores, a empresa enxerga um mercado potencial também nas grandes organizações que possuem frotas e precisam investir em cursos de reciclagem para seus condutores.

Mesmo em meio à crise e em um mercado relativamente novo, a previsão da empresa para 2016 é atingir um faturamento de R$ 350 mil por mês – as vendas começam neste mês. Para isso, ela está em busca de um investidor que dê suporte à expansão no número de autoescolas atendidas.

De acordo com Araújo as vantagens da utilização destes dispositivos são muitas, tanto para o aluno quanto para o dono da auto-escola. “O uso do simulador reduz o custo da hora aula e previne o desgaste na frota da escola nas primeiras lições, que costumam ser as mais desgastantes”, explica. Além disso, ao término da aula – que só é válida com a presença de um instrutor – o equipamento fornece um relatório com a performance do aluno, que auxilia o professor na avaliação e feedback do candidato a condutor.

Para o aluno, a vantagem é a possibilidade de poder experimentar cenários complexos sem o risco de conduzir o veículo naquele ambiente. “É possível para o aluno aprender em qualquer ambiente ou condição climática, e ainda experimentar situações virtuais de perigo, como acidentes na via, por exemplo,” explica. De acordo com ele os exercícios ajudam ainda a diminuir a ansiedade e o medo de dirigir no primeiro contato com o veículo.

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